sábado, 18 de julho de 2009

Ausência...

Da rua se sentia o ar frio que arrepiava a branca cortina da janela, da rua se ouvia o mudo grito perdido no eco do silêncio. A morte tinha sido há três dias. Ninguém ouvira nada no prédio, ninguém vira o corpo. E as trevas entravam naquela casa...
As investigações decorreram, as cerimónias também. Houve velório, houve funeral, mas não houve corpo...
Poucos amigos, poucos inimigos...assassínio sem motivo aparente. A casa intacta, vestígios de crime inexistentes. A revolta estava presente na casa sem o derrubar de um objecto visível, o sangue fora derramado...psiquicamente.
Suicídio? Impossível! Ninguém vira o corpo, a alma já não estava ali...
Mero desaparecimento...E um sentimento penetrava quem olhasse aquela janela. A morte estivera além...
E ainda hoje o mistério, o desconhecido permanece. Ninguém vira o meu corpo.
A alma já não estava ali...

Por Ewerton Thiago

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